tag:blogger.com,1999:blog-59985562024-03-19T08:58:06.044+00:00Kafkianofragmentos do (in)conscienteMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comBlogger282125tag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-16647431712174537032007-12-11T01:01:00.001+00:002008-12-09T23:26:13.903+00:00 Quando o depois não se avista... é porque o início regressa, no ciclo infindável e incessante dos dias... O Kafkiano prolonga as suas asas em...Água da Luawww.agualua.blogspot.comMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-66255507677953019432007-08-06T14:18:00.000+01:002008-12-09T23:26:14.136+00:00de: http://photoblog.dralzheimer.stylesyndication.de/Recordo a caneta, a tinta e o papel...a nuvem desfeita e semi-palpávelo algodão e a sensaçãoEm breves instantes,em breves escassos segundosirrecordável no passo seguinte.As palavras ficaram noutro caderno.Procuro-lhe incessantemente as páginas.MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-3126832974145928402007-05-01T13:30:00.000+01:002007-05-01T13:41:56.482+01:00ReenCARNaçãoDeixam-se as fitas de luz incendiar as entranhas Como se fossem partículas e não mecanismos de carne Como se as palavras se percebessem meramente por serem palavras E não resultado de realidade dividida e partilhadaA renovação surge como nova ( a palavra indica ) Contudo, apenas podridão... renascimento MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1169169574547349792007-01-19T01:06:00.000+00:002007-01-19T12:04:11.053+00:00Bolas de SabãoA saudade e a falta vivem na mesma morada e são feitas de pequenas bolas de sabão esvoaçantes que encerram em si o arco-íris. Escrevem-se enquanto se vêm subir por detrás da janela com vista para o mundo que não conheço, o qual observo, mas pelo qual não anseio. Eu própria me visto de bola de sabão, trémula, debaixo da luz. Procurando um recanto de sombra que me aconchegue e me MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1157317415858773132006-09-03T21:39:00.000+01:002006-09-04T00:36:13.796+01:00Janela para ForaO dia já ía longo, quando se sentou na velha cadeira de madeira junto à janela baixa. Sem se inclinar no parapeito ou sequer se chegar muito ao vidro, do lugar onde se sentava via apenas o azul do céu e também uma pequena parcela do topo da folhagem das árvores. A vidraça estava semi-aberta e por isso o som entrava como fazendo parte do corpo que, sem querer, ondulava ao som da MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1156380486168458852006-08-24T01:29:00.000+01:002006-08-24T01:48:06.186+01:00EsquecimentosEsqueci o sonho, o relâmpago, o trovão,a chuva, o vento assobiante até mais não.Esqueci o sol, o vento, os passos,as lutas por dentro, as letras em laços.Esqueci o prazer, a viola, a melodia,e também o sempre eterno presente que se adia.Numerosas noites adormeci sem pensarque a Alma e o dentro poderiam perdurar.Assim esqueci tudo aquilo que me rodeiaFugindo, perspicaz, à complexidadeMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1155947259586655212006-08-19T00:59:00.000+01:002006-08-19T01:29:41.013+01:00Pés"Floating Feet", M.BannetOlho para os pés... a curva acentuada, filha dos passos desnecessários que persistem na memória, torna-os curvos e esguios, conferindo-lhes um aspecto quase frágil. É aqui que persisto, que a luta contra a gravidade se torna a luta incessável dos dias que morrem em fila, ordenados. Olho os pés como quem olha uma escultura. A forma da carne, dada pela maneira como se MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1153954957261008492006-07-26T23:41:00.000+01:002006-07-27T00:02:37.280+01:00RitmosHá quanto tempo não ouvia a música. E agora soltava-se por entre os cabelos e sentia as notas cravadas no coração aberto. Não o coração aberto metafórico, mas sim o coração aberto visceral. Com muito sangue e pausas de dor. Por isso é que as pausas têm tempo. Por se poderem transformar numa solidão interior, num eterno e ritmado dilacerar da carne rasgada.Dantes a música ía e vinha... ía e MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1144931641205818762006-04-13T13:07:00.001+01:002006-04-13T13:36:34.893+01:00Partilhar..."O Prazer da Síntese Era uma vez um Imperador que gostava muito de borboletas. Um dia mandou chamar o pintor mais conhecido e admirado do Império e ordenou-lhe que pintasse uma borboleta. O pintor disse que para para a pintar necessitava de uma casa grande e confortável, que estivesse situada no lugar mais bonito do reino, alguns criados e um prazo de três anos. O Imperador MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1139788805117535392006-02-12T23:44:00.000+00:002006-02-13T00:00:05.153+00:00Das Portas Que Se AbremJá lhe tinham dito várias vezes que quando uma porta se fecha, outra mais adiante se abre (há também a versão da janela). Mesmo assim, era difícil manter-se quieto e em silêncio perante a enormidade, o peso e a solidão de uma porta fechada. Com muitas chaves. Sete, talvez. Também já alguém comentara, de passagem, enquanto continuava com o olhar fixo na madeira que não faz MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1139355364240712592006-02-07T23:33:00.000+00:002006-02-07T23:36:04.250+00:00Fragmentos REM ...... é assim o turbilhão da vida, aquele que alenta e consome... ... a respiração ofegante que se torna apneia...... enredo-me no ciclone visível pelos olhos da alma... Sei que não poderei resistir.Apneia... taquicardia... agitação a chegar ao limite... mais ainda...... até ao súbito silêncio e novamente o negro da noite. Respiro fundo.MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1137620484944956152006-01-18T21:20:00.000+00:002006-01-20T20:44:24.176+00:00Branco sobre BrancoO corpo, curvo e sem pele, permanece sentado. Imerso na alvura que consome, no branco insistente. Talvez infinito. Ou ainda cheio de nada. O branco pode ser insistente. É assim a dor. Branca.Os pés não têm asas, as que pediu outrora emprestadas há muito se foram, incrédulas, desiludidas e desrespeitantes.O tempo consome o branco. E o branco consome o tempo. A dor é como o MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1136725596746252092006-01-08T12:46:00.000+00:002006-01-08T13:06:36.826+00:00Domingo(s) A manhã era clara e lânguida. Clara e silenciosa, como só a manhã de Domingo. Salvo imprevistos acontecimentos, as manhãs de Domingo são sempre assim. Amarela de sol, quieta e amena, apesar do frio de Janeiro. Como o gato espreguiçante que se oferece ao sol e com ele se deixa ficar num misto de ternura e de preguiça.Era bom passar as mãos pelo cabelo, como se cada gesto não MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1135525865173848702005-12-25T15:37:00.000+00:002005-12-25T15:51:10.206+00:00Boas Festas... ... a todos os que por cá passam. Apesar de um pouco mais ausente nos escritos, sempre presente na leitura dos vossos comentários. Espero em breve poder retomar a "presença"do "Kafkiano"mais assídua. Até breve. MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1131847575167719862005-11-13T01:57:00.000+00:002005-12-25T16:50:39.676+00:00Só, Dois PésSara não morrera. Nada podia ser mais verdade. E no entanto, nada podia ser mais mentira. A linha era na verdade bastante ténue, fazendo relembrar a indefinição aparente entre mar e céu em manhã enevoada. A verdade e a mentira misturavam-se, enciumadas do casal água e azeite, assim tal como a vida e a morte. Nisto pensava a rapariga de cabelos longos, meio indefinida ainda na vida. MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1131063443860477102005-11-04T00:10:00.000+00:002005-11-04T00:17:23.870+00:00Ramos e RaízesEspero na invisibilidade, num lugar ainda mais transparente, ainda que mais obscuro. Deito-me e entranho-me no tronco da árvore, tornando-me raíz e, quem sabe, ramo... Ramo seco e quebradiço ou pura seiva transbordante. Não sei. Mas esculpo-me na frieza dos dias. "Tree Girl", Virginia LeeMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1128468106680795202005-10-04T23:52:00.000+01:002005-10-05T12:11:04.820+01:00Da (In)VisibilidadeA paixão expressa-se na lágrima. Porque a lágrima é o extremo. Vem sempre de dentro, portanto sabe onde fica a origem e como tudo conheceu um início. Foram os pensamentos de Ana naquela tarde sem lágrimas. Como não chorava fazia já muito tempo, estava cada vez mais certa de que já não tinha paixão dentro de si. Assim como se tivesse secado por dentro, esvaziado o saco das MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1127183324615890572005-09-20T03:22:00.000+01:002005-09-20T03:28:44.620+01:00Uma Questão de ... Segundos... Minutos... Horas...Espartilhei o meu envelhecer e chamei-lhe Tempo.É preciso parar no tapete vermelho que me aponta a cova.Como?...?Por agora... vou deixar de dar corda às máquinas do Tempo. Talvez daqui a MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1126315014600908032005-09-10T01:46:00.000+01:002005-09-10T02:16:54.620+01:00Falto-Me Derramei-me sobre a cama desmanchada, os meus dedos nos prolongamentos das dobras dos lençóis. Peço a alguém que me faça chorar. Mesmo que seja de rir. Mas tenho quase a certeza que vai ser de tristeza. E de raiva. Sinto a falta... simplesmente a falta. O incomensurável buraco cheio de nada. Que insiste. E persiste. E insiste. E persiste. Anseio. Espero. Mas sei que só vai chegar o olho MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1123974301574786402005-08-13T23:35:00.000+01:002005-08-14T00:05:01.620+01:00O Caminho (Nem) Sempre Percorrido Naquele dia azul acinzentado, pintado a aguarela, Helena viu-se obrigada a cessar os próprios passos. Helena era uma menina, mas tinha nome de mulher. Os cabelos eram canudos inocentemente dourados e os olhos, apesar da ingenuidade azul que transpareciam, deixavam entrever a amargura, disfarçada das mesmas matizes. Naquele dia, de facto, tudo era azul. Desde os MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1123458789058887832005-08-08T00:40:00.000+01:002005-08-08T00:53:09.063+01:00Vou...TrilhoPercursoCaminhoViagemVeredaEstradaCom areiaSem areiaCom areiaSem areiaPequeno grão no sapatoVou descalça."Caminho Tortuoso", O. L. PastorelliMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1122853408510863272005-08-01T00:29:00.000+01:002005-08-06T14:26:04.780+01:00"Quem És?""Quem és tu que me esperas?" - indagou a voz forte, porém ainda trémula. Ergueu-se devagar, de modo a poder ganhar perspectiva, procurando saciar a curiosidade. Quem a esperava, agora que partira para nunca mais chegar? Decerto algum louco, alguma mente insana que ainda acredita em milagres e segue utopias... Mal conseguia vislumbrar alguém, mas com toda a certeza sentia uma presença MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1121559301110297322005-07-17T00:52:00.000+01:002005-07-17T01:15:01.116+01:00Dar o Que Não se Tem"Dá-te tempo" - sussurrou a voz, marcando a sua ausência. Pensou para si própria o que seria isso do "dar-se tempo". Como poderia dar-se algo que não possuía? Como poder oferecer a presença de uma ausência? As perguntas ficavam suspensas no ar, sem resposta, como bolas de sabão, vagueando no tempo. Subitamente apercebeu-se da proliferação de bolas de sabão flutuantes em seu MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1120737059076679752005-07-07T12:46:00.000+01:002005-07-07T12:50:59.083+01:00"Como todo indivíduo de grande mobilidade mental, tenho um amor orgânico e fatal à fixação. Abomino a vida nova e o lugar desconhecido."Bernardo Soares (Pessoa 1888-1935)O Livro do DesassossegoMKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5998556.post-1120129731040886852005-06-30T11:50:00.000+01:002005-06-30T12:19:36.650+01:00Alma sem AsasO dia amanheceu à tarde, abraçado palo céu cinzento, da cor das violetas debaixo da luz de Inverno. O corpo de menina avançou no espaço sem esforço e sem movimento. Deixou que fosse o vento que empurrasse o peso que não era senão inexistente. A Alma estava leve naquela manhã-tarde. Tão leve que poderia levantar voo e se deixar abraçar pelos tons indefinidos do céu. Era quase um MKhttp://www.blogger.com/profile/01508935225502143338noreply@blogger.com